Eixo I

Cultura digital juvenil.- Inter-relações entre cultura digital, e-Arte/educação e juventude.- Ensino, aprendizagem e inclusão na perspectiva de práticas crítico-reflexivas em arte intermidiática digital.


Em nossa atualidade, vivenciamos as performances virtuais, constantemente estamos cercados de recursos eletrônicos da era tão conhecida como digital, a conectividade é pertinente nos espaços educacionais, na vida cotidiana e também nas empresas, cada vez mais ampla, sendo de certo modo acessivelmente visível e necessário para a vida humana e suas relações. Deste modo, mediante as tecnológicas, necessitamos compreender essa porção de leques informativos que entrelaçam com o cotidiano, fazendo-se necessário para a acessibilidade, e utilização destes no processo de ensino/aprendizagem.

De acordo com Cunha (2014) "a vida, imersa no universo digital, necessita de intervenções educativas libertadoras, para percebermos criticamente a existência do simbólico e suas representações no cardápio de nossas opções, para então agregá-los ou descartá-los com autogovernança" (CUNHA, 2014, p.358).

Pensar na juventude e sua acessibilidade às inovações tecnológicas levam-nos a compreender a necessidade de uma postura relevante frente ao ensino, no tange de direcionar aos alunos o manuseio e navegações que o faça agir como um sujeito critico diante da sua leitura de mundo, como Cunha (2014) nos relata que cabe nós professore proporcionar ações libertadoras que postulem o desenvolvimento pleno do sujeito para expressar com criticidade e ser capaz de ler e interpretar o mundo a qual esta inserido.

Olhar para o mundo hoje é ver uma conexão em tempo real das ações tecnológicas é ver uma nova geração de jovens, uma juventude da sociedade altamente tecnologia, conectados no ciber espaço cultura, acessíveis aos aplicativos, android e realidade aumentada/virtual, das quais tem influenciado nas ações e costumes desses jovens em suas atitudes comportamentais e as vivências sociabilísticas, como também sua formação enquanto sujeito críticos na sociedade.

E nisto percebemos, o quanto as tecnologias tem influencia sobre a sociedade contemporânea e atual, e o quanto podem ser dependentes delas, mostrando tendências de dependência aos meios digitais, resultado este que se caracteriza numa instabilidade na formação identitária cultural desses jovens, e mediante a isto, é perceptível a necessidade de estabelecer elos com a cultura juvenil e a cultura digital, em que a escola precisa se posicionar para impor a cultura digital e quebrar o silencio frente a esta necessidade, a fim de propiciar a formação do sujeito crítico e atuantes nas esferas digitais.

Notoriamente, percebemos esta falha educacional, mediante ao currículo escolar que em seu contexto trás uma ideia estagnada, sem atrativos necessários para o gosto juvenil, cujo pensamento se perpassa a múltiplas ações, na atualidade temos jovens capazes de realizar ações múltiplas, mas não conseguem ter uma visão reflexiva de suas capacidades e ações, ou seja, estamos diante de uma sociedade juvenil que está apta ao consumismo, porém falha no conhecimento crítico. Os jovens vivem as dimensões da cultura digital, mas não são capazes de fazer uma leitura do ver presente nos recursos disponíveis nas tecnologias.

E por isso que a escola de hoje, precisa rever seu posicionamento frente ao ensino, a fim de estar apta para ensinar esta geração, nisto é preciso visualizar a importância do ensino de Artes nas escolas, uma vez que, é nítido como redundância no meio educacional. As manifestações culturais digitais dos jovens são cada vez presentes por meio de imagens, sejam em fotografias, vídeos, aplicativos, porém agem independentes sem um fundamento consistente.

O ensino de Arte é propicio para a inserção da mudança necessária no contexto frente à juventude e as tecnologias, uma vez que, compreendemos que a arte estimula a constituição cognitiva dos jovens, na qual permite o desenvolvimento das demais áreas do conhecimento. A arte proporciona aquilo que entendemos como ensinar ao jovens a ver a vida com autonomia, conforme descreve Cunha (2014) "para que eles possam ampliar o cardápio de sabores a partir da consumação estética oriunda de critérios e escolhas autônomas e saborear a vida sem terem de aplaudir receitas alheias, enquanto se intoxicam com elas".

CUNHA, Fernanda Pereira da. Perfomances culturais intermidiáticas: Você tem fome do quê?. s.d.

EISNER. Elliot E. O que pode a educação aprender das artes sobre a prática da educação?. Currículo sem fronteira, v. 8, n. 2, pp.5-17 jul/dez. 2008.

PROTÁSIO, Nilceia. Depoimentos Provocativos. s.d

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